O Papa realizou no sábado (07/JUL) na cidade de Bari/Itália, um encontro ecumênico de reflexão e oração pela paz no Oriente Médio com os diversos patriarcas católicos e ortodoxos do Oriente Médio.
Após o encontro de oração, Francisco e os Patriarcas voltaram para a Basílica de São Nicolau, e mantiveram um encontro privado de diálogo. Ao término da reunião, o Santo Padre disse:
Sinto-me muito grato pela partilha que tivemos a graça de viver. Ajudamo-nos a redescobrir a nossa presença de cristãos no Oriente Médio. Esta presença será mais profética se testemunharmos Jesus, Príncipe da paz. Como Igreja, somos tentados, pelas lógicas de poder e lucro. Nosso pecado é a incoerência entre a fé e a vida, que obscurece nosso testemunho cristão.
A Boa Nova de Jesus veio das terras do Oriente Médio e conquistou o coração do homem, ao longo dos séculos. Encorajados, dialogamos fraternalmente. Este é um sinal de que devemos buscar, cada vez mais, o encontro e a unidade, sem medo das nossas diferenças. O mesmo acontece com a paz, que deve ser cultivada. Não são as tréguas, com a construção de muros e provas de força, que trarão a paz, mas a escuta e o diálogo. Somente assim os gritos de guerra se transformarão em cânticos de paz!
Basta com os lucros de poucos à custa de muitos! Basta com as ocupações de terras, que dilaceram os povos! Basta prevalecer as verdades de parte sobre as esperanças da gente! Basta usar o Oriente Médio para lucros alheios. A guerra é o flagelo que acomete tragicamente esta amada região e as suas vítimas são sempre a gente simples.
A guerra é filha do poder e da pobreza.Muitos conflitos são fomentados também pelos fundamentalismos e os fanatismos, que, em nome da religião, blasfemam contra o nome de Deus, que é Paz.
Não se pode falar de paz, enquanto houver corrida ao rearmamento. Esta é uma gravíssima responsabilidade, sobretudo das Nações mais poderosas. Que haja convivência pacífica! Que seja tutelada a presença dos povos minoritários! Que haja cidadania comum e que os cristãos sejam todos cidadãos, com direitos iguais.
O pensamento do Santo Padre dirigiu-se às numerosas crianças, que, no Oriente Médio, choram pelas mortes violentas de suas famílias. Esta é a morte da esperança!
Que em toda a região do Oriente Médio reinem a Paz e a Justiça e que a bênção de Deus desça sobre todos os seus habitantes.
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