Perigo de um cristianismo sem Cruz...


A corrente neopentecostal evangélica “teologia da prosperidade” difundiu nos EUA, e em obras partes a ideia de que “Deus quer que seus fiéis tenham uma vida próspera, isto é, que sejam ricos economicamente, sadios fisicamente e felizes individualmente”. Esta proposta tem atraído, como mel, muitos seguidores.

O Papa Francisco se pronunciou reiteradas vezes indicando os perigos desta ideologia, desse cristianismo sem cruz:  Coloca o bem-estar do crente no centro da oração, e faz de seu Criador aquele que realiza seus pensamentos e desejos. Trata-se de um “antropocentrismo religioso” com o risco de “transformar Deus num poder a nosso serviço” e faz referência ao chamado American dream (sonho americano) reducionista. Neste quadro não há lugar para a solidariedade: a pobreza é sinal de falta de fé e, em todo caso, “culpa” do fiel.

A visão de fé proposta pela “teologia da prosperidade” coloca-se em clara contradição com a concepção de uma humanidade marcada pelo pecado e com a expectativa de uma salvação escatológica, ligada a Jesus Cristo. Dita ideologia é uma forma disfarçada de pelagianismo e gnosticismo.

O Papa Francisco nos advertiu reiteradamente deste Evangelho diferente, de um cristianismo `ligth´, sem cruz. Na Exortação apostólica “Gaudete et exsultate” (Alegrai-vos e exultai) há um capítulo sobres os riscos contra a santidade.

Há muitas formas de experimentar a cruz e ela aparece, queiramos ou não, na vida de todos. 


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