Verdade ou mentira...

Já se viam vestígios de mim nas mentiras que eu vivia...

Não conseguimos viver por muito tempo na realidade, por isso inventamos o virtual e o imaginário. Sem perceber, somos eternas crianças! E o amor se baseia mais sobre a realidade ou a ilusão? Se é sobre a realidade eu me pergunto: Por que há tantas decepções?

Conheço alguém que se dizia apaixonado pela internet, mas ao mesmo tempo jogava poker e mantinha outros relacionamentos ao mesmo tempo. Como é que pode? A pessoa abre diversas janelas e as vive simultaneamente jogando com a mentira e com a verdade, com a ilusão e a realidade...

Quando alguém se apaixona, tocaram no seu ponto fraco e então projeta fantasias e o melhor de si mesmo. Isso é bom, mas não perdura. Com o passar do tempo, a realidade se impõe e os relacionamentos virtuais desaparecem ou se deletam. Alguns vivem mais tempo na ilusão do que na realidade...

A realidade absoluta não existe. Eu vivo quase sempre uma ficção, sabendo que estou me enganando e iludindo...  dizia-me uma pessoa que tem três filhos de mães diferentes e estava, agora num quarto relacionamento. Somos eternamente adolescentes?

Verdade, mentira, realidade, ilusão... Provavelmente vivemos uma coisa e outra, mas por quanto tempo?

Quantas máscaras se usam para não enfrentar a realidade...

E você o que pensa sobre esse assunto?



3 comentários:

  1. Estimado Ramon,

    Fico por vezes com a sensação de que as poucas certezas às quais podemos nos agarrar são as certezas negativas: o não saber, o não durar, a inconstância... Nesses termos que me pergunto sobre a consistência do que temos por conta de clareza em se definir as fronteiras entre a realidade e a ilusão.

    Obviamente existem exemplos do tipo "reduzir ao absurdo" que nos permitem algum grau de certeza sobre a realidade de algumas das emoções às quais nos apegamos, até porque alguma forma de convivência humana é possível. Mas quando falamos de alguns sentimentos que correm entre as margens da moral e do prazer temos sempre grandes dificuldades em operar com definições claras.

    Difícil saber quando aquilo que nos faz felizes é uma ilusão que bebemos por soberba de nossa fé em nosso direito de usufruir, ou tão somente uma inevitável ilusão que acomete a nós humanos inevitavelmente. Até onde podemos com nossas paixões? Até onde podemos deixar-nos ser levados por elas, e com a mesma intensidade, até onde podemos sufocar as nossas paixões?

    Em meio a tantos conflitos que nos acometem no navegar dessas margens a que me refiro, pergunto, existe a possibilidade de assumirmos feições que não sejam máscaras? Verdade, mentira, realidade, ilusão...concordo com o senhor: provavelmente vivemos uma coisa e outra.

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  2. O problema da verdade é que ela é avassaladora e mal educada: transforma a realidade, podendo inclusive torná-la inviável e pode agredir profundamente pessoas que, sem maldade nenhuma, são carentes de compreensão ou não estão preparadas para a dureza da realidade. A verdade transforma a realidade mas cobra o seu preço: o amadurecimento saudável da pessoa humana ou o seu fim enquanto ser que vive num mundo irreal criado pela imaginação...

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  3. a ilusão criada pela paixão me fez acreditar que pudesse tornar elas realidade... nunca fui tão sincero, verdadeiro, honesto, fiel... aprendi q posso ser assim e assim é melhor, mas ainda penso as vezes em reviver essa paixão.
    qual é a realidade? boa pergunta... estou ainda perdido tentando reencontrar a minha realidade...

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