Um passo corajoso foi dado. Alguns ficaram assustados, outros se inquietaram. Depois de uma aproximação gradual e recíproca, foi assinado, 22/SET, em Pequim, o Acordo Provisório sobre a nomeação de Bispos na Igreja da China.
É um Acordo Provisório e melhorávelcriando condições possíveis para uma colaboração mais ampla em nível bilateral. A Santa Sé e Pequim nomearão bispos em comum acordo e reunificarão a Igreja, até agora dividida: `a oficial´ (fiel ao Governo) e a `clandestina´ (fiel ao Papa). Outra consequência positiva será a retomada das relações diplomáticas, após quase 70 anos de rompimento (1951).
Este acordo histórico torna definitivamente mais próximo o degelo das relações diplomáticas. Este primeiro passo tem caráter religioso, reconhecimento por parte do Vaticano de 7 bispos nomeados pelo regime chinês (os Papas João Paulo II e Bento XVI já tinham reconhecido outros 40), e a possibilidade do Papa nomear os bispos que ele quiser, após um diálogo franco com o governo de Pequim.
As duas comunidades católicas (a oficial e a clandestina) passarão agora a ser uma só, e a última palavra sobre os bispos, será a do Papa. O acordo é provisório e será periodicamente revisado e aperfeiçoado. Não é o início de um novo processo, e o objetivo não é político, mas pastoral, permitindo ter todos os bispos em comunhão com Roma, e ao mesmo tempo reconhecidos pela autoridade chinesa.
É um assunto que eu seguia faz já algum tempo, e uma esperança aguardada por muitos. O diálogo bilateral venceu o preconceito, e todos saíram ganhando.
Agora é aprender a viver e conviver nesta nova forma e modalidade de vida. A Igreja católica deixa de ser estranha e estrangeira e se torna totalmente chinesa sem perder nada da sua catolicidade.
E você o que pensa desse acordo?
0 comments:
Postar um comentário