O matrimônio não é somente um evento ‘social’, mas um verdadeiro Sacramento que comporta uma preparação adequada e uma celebração consciente.O vínculo matrimonial requer da parte dos noivos uma escolha consciente, que pondere a vontade de construir juntos algo que jamais deverá ser traído ou abandonado.
Foi o que disse o Papa na Basílica de São João de Latrão, (27/SET), aos cerca de 850 participantes do Curso de formação sobre matrimônio e família.
Família, Igreja doméstica e santuário da vida, e um campo apostólico amplo, complexo e delicado, ao qual “é necessário dedicar energia e entusiasmo, no intento de promover o Evangelho da família e da vida”.
Referindo-se à experiência pastoral em várias dioceses do mundo concernente ao acompanhamento dos noivos em vista do matrimônio, enfatizou que é importante oferecer-lhes a possibilidade de participar de seminários e retiros de oração, que envolvam como animadores, além de sacerdotes, também casais de esposos de consolidada experiência familiar e especialistas nas disciplinas psicológicas.
Reiterou a necessidade de um catecumenato permanente para o Sacramento do matrimônio que diz respeito à sua preparação, celebração e aos primeiros tempos sucessivos.
Quanto mais o caminho de preparação for aprofundado e prolongado no tempo, mais os jovens casais aprenderão a corresponder à graça e à força de Deus e desenvolverão também os “anticorpos” para aprofundar os inevitáveis momentos de dificuldades e fadiga da vida conjugal e familiar.
Francisco dedicou a última parte de seu discurso aos cônjuges que vivem sérios problemas em sua relação e se encontram em crise:
É necessário ajudá-los a reavivar a fé e a redescobrir a graça do Sacramento; e, em certos casos – a ser avaliado com retidão e liberdade interior –, oferecer indicações apropriadas para iniciar um processo de nulidade.
Aqueles que se deram conta do fato “que a união deles não é um verdadeiro matrimônio sacramental e querem sair desta situação, possam encontrar nos bispos, nos sacerdotes e nos agentes pastorais o auxílio necessário, que se expressa não somente na comunicação de normas jurídicas, mas, em primeiro lugar, numa atitude de escuta e de compreensão”.
Com satisfação, o Santo Padre disse ter tomado conhecimento que “muitos Bispos e Vigários judiciais acolheram prontamente e aplicaram o novo processo matrimonial, para o conforto da paz das consciências, sobretudo dos mais pobres e distantes das nossas comunidades eclesiais”.
O horizonte da pastoral familiar diocesana seja sempre mais amplo, encontrando e acolhendo também aqueles jovens que escolhem conviver sem se casar. É preciso testemunhar a eles a beleza do matrimônio!
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