Ano Novo, vida nova. Pensemos no papel da mulher na Igreja... Poucos sabem, mas há mulheres, superioras religiosas ou abadessas, que tem mais responsabilidades do que alguns bispos. E isso já faz muito tempo! A sociedade civil e política começou a dar agora, século passado, responsabilidades profissionais às mulheres.
O grande Paulo de Tarso aplicou à Igreja os costumes de sua época: A mulher sirva o marido, silencie na Igreja, e cuide dos filhos e da casa... E mais, casem-se os que não sejam capazes de permanecerem na virgindade.
Como consequência, a doutrina seguida desprezou o corpo e a sexualidade. E a antiga cultura judaico-romana determinou e consolidou até agora a situação da mulher na Igreja. O erro foi em constituir as tradições em normas eternas.
A mulher hoje participa ativamente em todas as instâncias de nossa sociedade, e apenas em algumas da igreja. Precisamos desclericalizar, mas também empoderar e dar às mulheres o lugar de responsabilidade e mando, segundo suas competências. Uma tradição erra quando quer se manter definitivamente fora do seu tempo. Todos somos contextualizados; também as ideias.
O papel da mulher na Igreja não é uma imposição social, mas uma exigência do Evangelho. Não podemos deletar o passado, mas sim explicá-lo. Imperdoável seria manter tradições obsoletas como se fossem eternas.
O papel da mulher na Igreja não é uma questão teológica, mas histórica e antropológica.
E você o que pensa sobre esse assunto?
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