Diante da brutalidade e da violência envolvendo adolescentes e jovens, nossa sociedade se uniu, uma vez mais, em comoção. É tempo tanto de compaixão e solidariedade, quanto de revolta e desconcerto. Como isso pode acontecer tão perto de nós?
Se olharmos bem para a foto desta escola, poderemos observar duas coisas:
1) Ela carrega o nome de nosso país.
2) Ela se propõe a capacitar nossas crianças e jovens a falar outras línguas, diferentes das suas.
Não sabemos ainda de muita coisa, mas a tragédia de ontem revela que dois jovens que passaram por ali, infelizmente, não aprenderam a falar bem. O ódio e a violência assassina foram a linguagem que escolheram para se despedir deste mundo. Uma escolha muito ruim, que interrompeu, injustamente, a vida de tantos outros.
Para olhos atentos e para corações desejosos de conversão, todos os fatos da vida se tornam uma parábola, uma mensagem santa, um alerta...
A missão desta escola-Brasil só poderá ser levada adiante se nossas crianças e jovens aprenderem a expressar, de modo saudável, o que pensam e sentem, sendo também capazes de amar e de respeitar as línguas e linguagens dos outros. A violência, o ódio e as armas da destruição podem ameaçar esta missão e interromper a geração de um futuro feliz.
Penso que a melhor homenagem que podemos oferecer às vítimas de Suzano seria nosso despertar coletivo: um despertar que nos leve a assumir o compromisso de aprender e ensinar o respeito aos diferentes, o direito à equidade e, consequentemente, a promoção da paz.
Meus sentimentos e minhas orações pelos que choram, hoje, a perda de seus amados.
Hoje, o Brasil chora com vocês.
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