Um dos maiores sindicatos da Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) e alguns Curas villeros pediram ao Vaticano declarar santa a ex-primeira-dama e líder política Eva Perón, cujo centenário de nascimento foi comemorado em 7/MAI. A justificativa é que o povo já a tem como santa, apesar do tempo da sua morte. Há relatos de várias pessoas que foram atendidas pela intercessão de Evita Perón. “Evita”, a “Santa do Povo”, entregou sua vida a um mandato providencial que foi sua missão de resgate da dignidade humana.
“Evita veio ao mundo com a missão de fazer obras de bem, as quais entregou ao povo argentino e latino-americano, e a todos os povos com sua sede de justiça”.
Casada com o presidente argentino Juan Domingo Perón, Eva fundou o Movimento Peronista Feminino, defendeu o voto das mulheres e liderou obras de caridade. Morreu muito cedo, com apenas 33 anos de idade, devido a um câncer no colo do útero, e atualmente sepultada no cemitério da Recoleta, em Buenos Aires. O corpo embalsamado de Eva Perón ficou três anos na sede da CGT, até ser roubado em 1955, após o golpe de Estado que tirou Perón do poder, e ficou 14 anos desaparecido.
Ela é um símbolo importante para um setor popular da sociedade argentina. Para que uma pessoa seja declarada santa, primeiro precisam declará-la beata, após algum milagre comprovado pelo Vaticano.
Como ela morreu em Buenos Aires, o processo deveria ser aberto pelo arcebispado da capital argentina, hoje liderado pelo cardeal Mario Poli. Se for aceito, começaria um estudo, incluindo análises de seus escritos, discursos e declarações de fé. Uma vez ultrapassada essa fase, a Congregação para as Causas dos Santos começaria uma segunda análise de sua vida e obra.
Argentina possui três santos proclamados pelo Vaticano: Héctor Valdivielso Sáez (1910-1934), Irmão de la Salle, e mártir na guerra civil espanhola, Pe. José Gabriel Brochero (1840-1914), missionário popular, e a Ir. Nazaria Ignacia March (1889-1943), religiosa e fundadora de um instituto inaciano. E possui também quatro beatos: Dom Henrique Angelelli, “Bispo dos Pobres”, e seus três colaboradores mártires, Pe. Gabriel Longueville, Pe. Carlos de Dios Murias e Wenceslao Pedernera, pai de família, vítimas da ditadura militar argentina.
Evita santa? E você o que diz?
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