Sempre há fases sombrias na história da humanidade. Talvez estejamos nos aproximando de uma delas. Primeiro surgem as ideias mesquinhas, pobres fanáticas, depois acontecem os fatos desumanos e incontroláveis.
O crime aconteceu entre 415 e 416 dC, na grande Alexandria/Egito, cidade fundada por Alexandre o Grande (331 aC). A vítima? Uma mulher morena, professora, conferencista, filósofa e matemática: Hipátia, mulher excepcional.
Hipátia pode estudar porque era filha de um homem com formação acadêmica: Teón de Alexandria, astrônomo e prolífico autor. Segundo alguns, Hipátia ultrapassou em muito o conhecimento do seu pai, ensinando uma filosofia neoplatônica.
No século 4 dC, ocorreu uma importante transição no Império Romano: de um Estado totalmente pagão a um Estado misto pagão e cristão. Aos poucos, surgiram os conflitos procedentes dos mais fanáticos.
O prefeito de Alexandria era Orestes, um cristão tolerante com os outros grupos religiosos. Já o bispo da igreja de Alexandria, o patriarca Cirilo, era um homem intolerante e aterrorizante. Das pessoas fanáticas, livrai-nos Senhor!
Hipátia, mulher inteligente e pagã, era amiga do prefeito da Cidade, Orestes. Começaram as murmurações, as fofocas e invejas pelas internets daquela época. Conta a História que um grupo de cristãos exaltados obstruíram o caminho da carruagem de Hipátia, e retirando-a foi arrastada até uma igreja e lá esfolada viva. Um fim trágico para uma mulher incrível.
Queira Deus que a ignorância reinante não nos torne torturadores e fanáticos...
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