O Vaticano e a China estão organizando em off a visita histórica do Papa Francisco ao antigo Império Celestial. Proposta que agradaria a todos, até mesmo os membros mais duros do partido comunista chinês.
Bergoglio expressou repetidamente o desejo de visitar a China e, recentemente, Na sua viagem ao Japão (onde muitos dos fiéis que vieram ouvi-lo eram chineses), o Papa admitiu: "Gostaria de ir a Pequim, amo a China".
Sua posição sobre a revolta dos jovens de Hong Kong parecia orientada para satisfazer o governo comunista chinês: "existem várias situações com problemas que não sou capaz de avaliar neste momento. Eu respeito a paz e peço paz a todos esses países que têm problemas, incluindo a Espanha. Faz sentido relativizar as coisas e apelar ao diálogo, à paz, para resolver problemas". O governo da China - obviamente – gostou e apreciou.
Em setembro de 2018, Pequim e o Vaticano assinaram um acordo secreto, para incluir os bispos patriotas (nomeados pelo partido) e os bispos clandestinos (nomeados pelo Papa) numa só conferência episcopal. O Papa Francisco quis fazer de duas igrejas na China (a patriótica e a clandestina) numa só: A igreja católica.
O processo deve ser o seguinte: os candidatos serão selecionados nas dioceses, o governo concede sua aprovação e, finalmente, o Papa nomeia e consagra os bispos. Dessa maneira, o Papa é o único a consagrar os bispos, mas o governo mantém um certo controle sobre os nomes.
Se calcula que os católicos na China devem ser uns 12 milhões, presentes nas áreas mais rurais do país.
No caso do acordo do ano passado e de uma eventual visita do Papa, as duas organizações (Partido comunista e Vatican) obteriam um resultado histórico maravilhoso. Para a China, acreditar-se diante do mundo como um país democrático e para a Igreja católica aproximar-se de um grupo de fiéis potencialmente vastos e agora inatingíveis.
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