"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieto e agitado: descobrirei o preço da felicidade!" Palavras da raposa ao principezinho, na obra O Pequeno Príncipe. A esperança enche de sentido. Ter o que esperar nos faz felizes.
Com o tempo do Advento iniciamos um novo ano litúrgico. As igrejas se revestem de roxo, marcadas pela ansiosa espera por aquele que vem. Se no Salmo o povo judeu se alegrava ao se aproximar de Jerusalém e do Templo do Senhor, muito maior é nossa felicidade ao saber que é o próprio Senhor que irrompe na história e vem ao nosso encontro.
Quem espera alguém costuma arrumar a casa antes de receber a visita. "Já é hora de despertar", nos diz o apóstolo Paulo (Rm 13,11). Não podemos "dormir no ponto", viver despreocupadamente e sem critérios. Se esperamos o Cristo que é Luz da Luz, nossa vida precisa ser iluminada. É hora de despertar, acender as luzes, abrir portas e janelas, e deixar que os ventos do Espírito soprem em nós.
Preparemo-nos para o encontro com o Senhor que vem. Estejamos atentos para não sermos possuídos pela preguiça ou pela vergonha. Inebriados de alegria e cheios de esperança em Deus, coloquemo-nos como um povo bem disposto a clamar: "Amém! Vem, Senhor Jesus!" (Ap 22,20)
Vem Senhor, vem nos salvar! Bela reflexão, bela analogia com o Pequeno Príncipe.
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