Academia Diplomática do Vaticano...

O Papa pede aos padres da Academia Eclesiástica que fiquem um ano em terras de missão...

Doze meses para passar na diocese de uma terra missionária. O "estágio" para futuros Núncios apostólicos não será mais realizado dentro dos belos edifícios das Nunciaturas, mas em algumas paróquias da periferia da África, Ásia e América Latina, onde o anúncio do Evangelho ainda está lutando para criar raízes. Antes de ser Núncio, os jovens sacerdotes devem "sujar as mãos", a fim de compreender mais profundamente a realidade da Igreja, com suas dificuldades e belezas. Uma maneira de desencorajar qualquer desejo de carreirismo daqueles que embarcam no caminho da diplomacia.

Isso foi decidido pelo Papa Francisco numa carta, onde pediu "incluir no currículo de treinamento da equipe diplomática a serviço das Nunciaturas um ano inteiramente em serviço missionário nas igrejas particulares espalhadas pelo mundo". 

"Para enfrentar positivamente esses crescentes desafios para a Igreja e para o mundo, os futuros diplomatas da Santa Sé devem adquirir, além da sólida formação sacerdotal e pastoral e da oferta específica desta Academia, também uma experiência missionária pessoal fora de sua própria diocese de origem, compartilhando com as igrejas missionárias um período de jornada junto com sua comunidade, participando de sua atividade evangelizadora diária ".

Com o anúncio de hoje, o Papa Francisco concretiza seu próprio pedido expresso no discurso final do Sínodo para a Amazônia de outubro de 2019, quando esperava que "jovens sacerdotes" treinados "no serviço diplomático passassem pelo menos um ano em missão”.

A decisão papal já se torna efetiva para todos os novos alunos da Pontifícia Academia Eclesiástica no ano acadêmico 2020/2021.

E eu me pergunto: como os diretores dessa Academia Diplomática

não pensaram isso antes?