Vivemos numa cidade minada. Os vírus que não vemos parecem bombas prestes a explodir. Esse é o panorama que os diversos meios de comunicação nos apresentam diariamente, causando grande transtorno social e uma preocupação generalizada. Não só nossas obras (Universidades, Colégios, Paróquias...) permanecem em rígida quarentena, seguindo as recomendações governamentais (Educação, Saúde, etc), mas também nós, padres e irmãos jesuítas, permanecemos em estrita clausura.
Alguns pensam que pegar esse vírus é já uma sentença de morte. Não é bem assim. Mas, também não é uma gripezinha sazonal. Estamos diante de um inimigo desconhecido, muito contagioso e bem mais letal.
No início, ficamos indiferentes diante das desgraças dos outros, e demoramos a nos preparar e até em reagir. Hoje percebemos que a ameaça é séria, mas já estamos em atraso. A taxa de mortandade é contabilizada diariamente, como também sua disseminação imparável.
A gripe é transmitida por um vírus conhecido que viaja, faz já muito tempo, pela população. E é controlado, pois muitos de nós fomos imunizados pelas vacinas tomadas.
A Covid-19 é nova, e se espalha fácil e sub-repticiamente entre todos. Não é castigo de Deus, mas certamente podemos aprender algo com ela. Em pouco tempo, dizem os mais otimistas, 50% da população mundial ficará contaminada. Estamos diante de uma peste moderna, comparável com aquelas do antigo Egito bíblico ou da peste Negra da Idade Média (século XIV).
Alguns pensam que mais de 18% dos infectados precisarão ser hospitalizados. Desse modo, o sistema de saúde entrará em colapso. Daí o imperativo de retardar a sua propagação.
Seguindo a proposta de alguns, o Mosteiro colocou suas dependências abertas aos profissionais da saúde, com um Setor verde (sem sinais nocivos) e outro Vermelho (para os que apresentam sintomas leves).
Começamos a Semana Santa, e não podendo celebrar a Procissão de Ramos colocamos no portão de entrada um ramo de Palma, como símbolo de nossa fé e esperança. Outros ramos abençoados foram deixados, para que os passantes vizinhos pudessem pegá-los.
Começamos a Semana Santa, e não podendo celebrar a Procissão de Ramos colocamos no portão de entrada um ramo de Palma, como símbolo de nossa fé e esperança. Outros ramos abençoados foram deixados, para que os passantes vizinhos pudessem pegá-los.
E por último uma sugestão: que os testes, medicamentos e vacinas para combater a COVID 19 e que possam surgir, não tenham patentes para que todos possamos honestamente usufruir deles.
Sorte, e que Nossa Senhora da Ajuda nos proteja!
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