A pessoa gay tem os mesmos recursos, para conduzir sua vida cristã do que qualquer outra pessoa. Três níveis devem ser contemplados: 1º O nível real ou existencial (carnal ou gratuito?); 2º O nível espiritual (sozinho ou em comunidade?); 3º O nível da ajuda ou missão (comprometido ou perdido?). Não podemos usar as Escrituras Sagradas para justificar a homofobia ou a discriminação social ou racial.
Estudo recentes afirmam que a Bíblia diz muito pouco sobre a homossexualidade, e não está claro que condene o relacionamento monogâmico gay. O sexo manipulador é condenado como qualquer outro tipo de exploração. A Bíblia está sendo mal-usada, quando marginaliza e humilha pessoas gays. A discriminação é sempre um erro. E os homossexuais não são menos amados por Deus do que os heterossexuais. O fundamentalismo bíblico é perigoso, e não é válido conseguir repostas na Bíblia para perguntas que ela não se fazia.
A Bíblia não fornece nenhuma base real para a condenação da homossexualidade, a não ser as de evitar as formas abusivas de sexo, tanto entre héteros como entre homoafetivos. A Bíblia deve ser uma Boa Nova para todos, também para as pessoas gay e não uma ameaça. A Igreja deveria reconhecer a possibilidade de um relacionamento gay comprometido, monogâmico e para a vida inteira; há narrativas de santidade homossexual que devemos conhecer e partilhar.
Os costumeiros textos da Escritura (Gn 19, 1-11; Lv 18, 21b-23 e 20, 13; 1Cor 6, 9-11; Tm 1, 8-11; Rm 1, 22ss) não são relevantes na exegese dos dias de hoje nem são determinantes para condenar a homossexualidade. Não é isso que eles pretendem! Não podemos usar a Bíblia para dizer o que ela não diz.
Eu também acreditava que os atos homossexuais eram sempre errados. Tive que repensar essa minha posição. Ser homossexual não é uma escolha, mas um dom da natureza e do Deus Criador. E ao ver como alguns casais gays e lésbicas se relacionavam em parcerias amorosas e positivas, tive que mudar essa minha opinião...
O apóstolo Paulo não oferece diretrizes claras para incluir os gays e lésbicas nas comunidades cristãs, mas oferece indicações para acolher todos como irmãos e irmãs.
Padre Ramón, suas palavras me trazem esperança, como é bom ler palavras tão lucidas e claras do amor de Deus por nós que nascemos e todos os dias somos condenados por sermos homoafetivos.
ResponderExcluirQuero depois que essa quarentena acabar me encontrar com o sr. para uma boa conversa com um delicioso pão de queijo! Kkkkkk Abraços fraternos de seu eterno adimirador daqui de Minas Gerais!
Perfeito, isso deve ser pregado em toda homilia da igreja, ser explanado e debatido em toda comunidade, grupos, movimentos e pastorais. Não podemos de forma alguma marginalizar e excluir nossos irmãos e irmãs gays por sua orientação sexual, somos todos iguais perante a Deus.
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