Banalização do mal. O mal, quando atinge grupos sociais, é político e ocorre onde encontra espaço institucional. Isso já não parece ser novidade no Brasil, dado o perfil do chefe maior.
A banalidade do mal se instala no vácuo do pensamento, trivializando a violência. Ora, ora, Regina Duarte é mais do mesmo. O Sr. Bolsonaro usa esse estilo todo o tempo.
Comentamos com ar distraído sobre como estamos todos “anestesiados” pela violência e de como perdemos a capacidade de nos chocar e nos surpreender por ela. Das atrocidades cometidas pela ditadura militar até as crueldades praticadas atualmente por bandidos, passando pela aspereza do trânsito e pela perene brutalidade generalizada (não esqueçamos que fomos o último país do continente a abolir a escravidão!), convivemos rotineiramente com a violência como se ela fosse uma espécie de... "NORMAL".
O tema do mal, foi cunhado pela filósofa judia, Hannah Arendt, porém, sua reflexão não tem como pano de fundo a malignidade, a perversão ou o pecado humano. A novidade da sua reflexão reside justamente em evidenciar que os seres humanos podem realizar ações inimagináveis, do ponto de vista da destruição e da morte, sem qualquer motivação maligna. O pano de fundo em Arendt, é o processo de naturalização da sociedade e de artificialização da natureza ocorrido com a massificação, a industrialização e a tecnificação das decisões e das organizações humanas na contemporaneidade. O mal é abordado, desse modo, na perspectiva ético-política e não na visão moral ou religiosa. Regina, você não nos enganou... O mal está oficializado.
O mal banal parece ser um fungo, cresce e se espalha como causa de si mesmo, sem raiz alguma e atinge contingentes enormes das populações humanas em diversos lugares da terra. A pergunta de Arendt foi: “o que faz um ser humano normal realizar os crimes mais atrozes como se não estivesse fazendo nada demais?” A resposta está no mal banal.
O mal banal caracteriza-se pela ausência do pensamento. Essa ausência provoca a privação de responsabilidade. O praticante do mal banal submete-se de tal forma a uma lógica externa que não enxerga a sua responsabilidade nos atos que pratica. Age como mera engrenagem.
Ele também não exercita a habilidade, peculiar aos homens, de falar e comunicar o que está vendo e sentindo. Vive sem compartilhar o mundo com os outros. Renuncia, desse modo, à faculdade do julgamento. Em suma, recusa-se a viver com os dons provenientes das suas faculdades espirituais: pensar, querer e julgar.
Pensar, Regina! Pensar, julgar e querer desembocam no cuidado com o mundo comum, no "amor mundi". No respeito aos espaços onde os homens podem circular e se sentirem amparados pela presença dos iguais e dos diferentes.
Pensar, eis a questão!
https://youtu.be/-Y-2aUP1aaE
ResponderExcluirAté hoje não o vi, tão pouco os políticos que apoia ou a mídia que consome e repercute, opinar e tão pouco opinar sobre o vídeo acima, em que num congresso de partido de esquerda Mauro Iasi defende que a pessoa "boa" de direita deve receber um bom paredão onde colocarão diante de uma boa espingarda com uma boa pá e uma boa cova. "Com a direita e conservadorismo não há diálogo, mas luta"
Aplausos eufóricos do auditório lotado.
Até hoje ninguém falou nada, tão pouco o MP e justiça aparelhados
A CNBB também ficou quietinha
Padre Ramón não se pronunciou
Quem cala, consente?
Porque as ameaças e atentados à vida de quem é de direita são tratados como a coisa mais corriqueira e normal do mundo?
Bolsonaro quase foi morto depois desses discursos de amor que garantem a inimputabilidade
Por favor, assista ao vídeo, comente nem que seja para apoia-lo, comente-o. Teu silêncio é ensurdecedor, Sr. Ramon.
PS: todo conservador quer que o cavalo de Troia chamado Regina Duarte se suma do governo muito mais que a esquerda que a controla e exonera e indica quem lhes convém. (Ela é social democrata e isso é esquerda pra quem nasceu ontem)
Pensar. Algo que estos perdendo
ResponderExcluirÉ urgente regatar as faculdades humanas de pensar, julgar, querer. Esse tripé desembocará no amor ao outro. Obrigado, Regina, você nos abriu os hos sobre o mal enraizado neste país.
ResponderExcluirConcordo com ele em cada vírgula padre, estou chocada com a atitude dela em plena pandemis mundial... (Vânia C.)
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