O presidente dos Estados Unidos, D. Trump quer alistar o Vaticano na sua guerra fria contra a China. Essa situação do país mais poderoso mandando no mais fraco lembra a história bíblica de Golias contra o jovem Davi.
O Secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo, visitará Roma nos próximos dias 29 e 30/SET, e, seguindo seu presidente, fez já uma ameaça: O Vaticano poria em risco a sua autoridade moral se renovasse o acordo com a China... Em outras palavras, a Santa Sé deve romper suas frágeis relações com a China. Delírio de Trump.
A tentativa de Trump de pressionar o Papa Francisco a segui-lo no confronto total com Pequim está fadada ao fracasso. O Papa Francisco está perfeitamente ciente do caráter autoritário do regime chinês e não esconde o fato de que o acordo com Pequim é desigual, a favor da China. Mas foi o primeiro passo para finalmente normalizar as relações entre a Santa Sé e a China, rompidas abruptamente em 1957 e, por isso, o Papa está determinado a renovar o acordo sobre a nomeação dos bispos, que está prestes a expirar.
Os Papas sempre encorajaram o multilateralismo como um instrumento para garantir a paz e o desenvolvimento da "família humana", coisa que o atual presidente americano é contra.
Trump se prepara para a batalha decisiva das eleições presidenciais, e pretende mobilizar os católicos mais tradicionalistas e conservadores, que se opõem ao reformismo de Francisco, apresentando-se como um verdadeiro defensor do cristianismo e unindo o eleitorado católico e evangélico-fundamentalista ao seu redor. Essa manipulação é uma vergonha!
O ex-núncio Viganò que pedira publicamente a renúncia de Francisco, já se posicionou abertamente a favor dos extremistas da direita dos EUA. Estas não são as melhores credenciais para se apresentar diante do Papa, que está prestes a publicar uma encíclica sobre a fraternidade humana.
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