Motivada por comentários diversos em minhas postagens sobre a pandemia e a vacina da Covid-19 observo uma nova característica humana cercada de provocações intelectuais, posts, piadas que provém da alteridade e da diferença. É visível o aumento da intolerância e do fechar-se em bolhas, em redes, em tribos, em guetos, sobretudo em algumas redes que se dizem de inspiração católica que pessoas “por conta e risco” encerraram os consensos nesse período de chegada da vacina.
Curioso que se estou em rede deveria abarcar a horizontalidade e romper com está verticalidade. Esta rede de relações deveria ser o lugar mais aberto e mais acolhedor possível. Olhando do ponto de vista tecnológico a rede é lugar de revolução, de encontro, de desejo de bem-estar, desejo de amizade, desejo de saúde. Mas, infelizmente as redes tem trazido alguns “embaraços” vou citar no campo religiosos e urge desfazer esses nós entre o real e o virtual, para não corrermos o risco de empobrecer as mídias que se propõem comunicar boa-nova.
Existe ainda um negacionismo presente em nosso meio e ele começa com o presidente que sempre negou a realidade da Covid-19 desde começo. E este negacionismo chegou em grupos religiosos, onde tradição tem falado mais alto que a ciência e que o Papa - segundo as lentes de um jovem padre - que se deixou corromper pelos holofotes e microfones.
Empobrecidas ficam as redes quando perdem a oportunidade de dar uma grande viva a ciência, a saúde e de sermos agradecidas e agradecidos por estas pessoas que trabalharam e trabalham tanto em prol da vida. Nesse momento, o silêncio me rouba as palavras quando penso nas 200 mil famílias enlutadas aqui no Brasil.
Se a liberdade de expressão permite ao cidadão expressar sua opinião em rede, ela também permite que outras pessoas te falem em rede. A liberdade de expressão é uma via de mão-dupla. Ninguém é obrigado a expor seu pensamento pessoal em público, sobretudo se tenho uma hierarquia eu preciso, no mínimo, estar em sintonia com a mesma. Ninguém é obrigado a concordar comigo. Por isso é importante: pensar duas vezes antes de manifestar sua opinião em público, tanto online quanto offline.
A que ponto chegamos: Caos total na saúde, na educação... E o Congresso não reage!
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