Muitas vezes trago em minhas mãos pedras e sequidão,
autossuficiência e rigidez, incompreensão e prisões,
pois ainda não vislumbrei a transformação e a elevação
que sonhaste para mim.
Mas Tu, Oleiro da Vida, fazes de mim Tua obra.
Arrancas de mim as pedras e o barro seco
que já não se deixam modelar.
Arrancas de mim a dureza que ainda me impede
de aceitar meu oco e meu vazio,
como lugares de abertura ao Mistério.
Arrancas de mim o medo da fragilidade que me torna
novamente maleável, do encontro que me põe
em constante movimento das mãos que podem alterar
minhas formas imperfeitas.
Por isso eu Te dou graças por Tua generosidade
que faz de mim novamente um simples vaso capaz
de carregar gratuitamente o Tesouro de ser Teu
amigo, companheiro e servidor."
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