Sou um depressivo crônico, e faz 15 anos convivo razoavelmente bem com os sintomas desta doença. Nesta altura da minha vida, não consigo diferenciar o que é próprio da minha idade, o que são sequelas da Covid, e o que é resultado da depressão ligada ao desequilíbrio químico dos meus neurotransmissores. Eis, pois, alguns dos sintomas por mim experimentados:
1. Cansaço ou fadiga. A falta da produção adequada de serotonina e dopamina gera em mim uma prostração generalizada, provocando cansaço, desânimo e falta de iniciativa para atividades extras. Gosto de me isolar, e convivo razoavelmente bem comigo mesmo.
2. Distúrbios do sono. Sempre fui dorminhoco. Sei que dormir demais pode ser uma fuga da realidade. Tenho um problema de próstata dilatada ou que me faz levantar diversas vezes por noite, mas logo retomo o sonho. Às vezes, me deito durante o dia, e cochilo docemente...
3. Problemas digestivos. Alimento-me bem. Sei que à noite não devo cear para não correr o risco de experimentar uma grande azia. Quando isso ocorre, faço uso do Pantoprazol, 20 mg. Normalmente, meu intestino é aliviado de manhã, e por vezes com grande dificuldade para obrar.
4. Mudanças no apetite e no peso. Meu peso mantem-se estável por anos, oscilando ao redor dos 95 K. Lembro que minha altura é de 176 cms.
5. Dor de cabeça. Dificilmente tenho dor de cabeça, e quando isso me acontece creio que é uma daquelas sequelas da COVID 19 que ainda me acompanham.
6. Tensão na nuca e nos ombros. O paciente depressivo fica em constante estado de alerta, ansiedade e nervosismo, o que se reflete na tensão da musculatura, principalmente da nuca e dos ombros. Esporadicamente sinto raramente esse mal-estar.
7. Dores generalizadas. O cansaço próprio da depressão compromete a postura física dos pacientes, piorando as dores musculares. A falta de atividade física agrava ainda mais esse quadro, sobretudo nas pernas... Gosto de vida sedentária.
8. Imunidade baixa. A pessoa com depressão se sente mal, física e mentalmente, o que pode interferir na imunidade. Quando não estamos bem emocionalmente, há uma baixa das células de defesa. Um dia me perguntaram: E você o que pensa? E olhando para mim mesmo respondi: Nada!, pois não tinha mesmo `nada´ na minha cabeça...
Aprender a conviver com o nada é novo na minha vida...
E você, o que pensa?
Padre Ramón, eu lhe admiro muito e lhe sou também muito grata. O Senhor já trabalhou muito, não se cobre tanto, nem fique se angustiando. o tamanho da sua fé é a sua grande força e lhe traz consolo. Talvez agora é mesmo hora de diminuir o ritmo e admitir que a nossa força vai diminuindo mesmo. Completei os setenta outro dia, esse peso, somado ao sintomas da alcaptonúria, por vezes, tem me deixado na cama todo o dia. Ainda bem que os filhos têm sido muito amorosos e pacientes Fique com Deus.
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