Hipátia de Alexandria (+415), massacrada por fanáticos cristãos...




Hipátia filha de Teon de Alexandria, renomado filósofo, astrônomo, matemático... foi criada em um ambiente intelectual, pois estudou na Academia de Alexandria, onde havia muito conhecimento em matemática, astronomia, filosofia, religião e poesia.

Hipátia viajou para Atenas, para completar sua a educação na Academia Neoplatônica, onde não demorou a se destacar pelos esforços por unificar a matemática com a filosofia... Foi uma professora exímia na Academia de Alexandria

Ficou famosa por resolver problemas insolúveis. Intelectuais escreviam-lhe pedindo soluções, e ela raramente os desapontavam. Obcecada pelo processo de demonstração lógica, quando lhe perguntavam por não se casara, respondia que já era casada com a verdade... 

O seu fim trágico se desenhou a partir de 412, quando Cirilo foi nomeado Patriarca de Alexandria, título de dignidade eclesiástica, usado só em Constantinopla, Jerusalém e Alexandria. Cirilo era um cristão fervoroso, que lutou toda a vida defendendo a ortodoxia da Igreja e combateu as heresias, sobretudo o Nestorianismo, que negava a divindade de Jesus Cristo e a maternidade divina de Maria.

Naquela época, houve uma mudança do paradigma pagão para o cristão. Isso criou muitos problemas...

Com Teodosio I (379–395) o cristianismo se torna a religião oficial do Estado.

Surgem atos de violência popular entre cristãos e pagãos, instigados pelo patriarca Cirilo.

Numa tarde de março de 415, Hipátia foi atacada em plena rua por uma turba de cristãos enfurecidos com sua sabedoria pagã. Ela foi arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja, onde foi cruelmente torturada até a morte. 

O homicídio de Hipátia resultou do conflito de duas facções cristãs: uma mais moderada, ao lado do bispo Orestes, e outra mais rígida, seguidora de Cirilo, patriarca de Alexandria e responsável pelo ataque a esta mulher mais inteligente que seus contemporâneos cristãos. 


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