Na Alemanha católicos e luteranos fizeram um documento que norteia aonde ambos querem chegar: Juntos na mesa do Senhor.
O documento suscitou logo um agitado debate entre alguns bispos mais tradicionais da Alemanha: Uns diziam que as diferenças não eram tantas para impedir a Eucaristia fraterna na mesma mesa e outros que elas eram determinantes e excludentes.
A Congregação para a Doutrina da fé entrou em cena tomando parte na discussão: Não é possível a recíproca hospitalidade eucarística, disseram, pois há diferenças substanciais na compreensão da Eucaristia e do ministério. E não existe também base para uma decisão pessoal em consciência. Outros achavam que esta possibilidade criaria maiores problemas com os ortodoxos... Voltou-se, pois, a estaca zero.
Georgios Vlantis, importante teólogo ortodoxo, afirmou em um artigo que há ampla convergência entre a tradição ortodoxa e a católica sobre a Eucaristia, e que a aproximação com os luteranos criaria um distanciamento com os cristãos
Nos países de língua alemã há teólogos que dizem, que apesar da proximidade teológica entre ortodoxos e católicos, a afinidade cultural entre protestantes e católicos prometem um progresso ecumênico muito maior. O convite de Jesus é à unidade não à uniformidade. Como o NT vê o tema da exclusão de alguém de uma comunidade? A pergunta sobre o relacionamento entre comunhão e excomunhão apenas foi acenado... Unidade não é o mesmo que uniformidade!
A Igreja lutou muito intensamente na história, para manter sua identidade. É o próprio Cristo que nos convida à Eucaristia. Ele é o caminho, a vida e a verdade. Cristo, seu corpo e a verdade. A unidade da Igreja em Cristo acontece como no amor e na verdade. Se a Igreja tem dois pulmões devemos ter cuidado para não pegar uma pulmonía dupla com consequências graves e imprevisíveis.
Todos somos diversos e só cabemos num estilo de igreja poliédrica, onde o próprio Cristo seja o centro de todos nós.
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