É verdade que o assunto é muito delicado e complexo e tecnicamente difícil de acompanhar. Digamos, portanto, desde já que não está em questão a natureza e a missão do Sucessor daquele a quem Cristo confiou o comando da sua Igreja.
A assembleia dos fiéis católicos composto por quase um bilhão e 400 milhões de pessoas - o "povo santo e fiel de Deus" - pode ser confiado a uma única pessoa? E a senilidade, um estágio natural da vida, vai minguando nossas forças... Eu tenho 81 anos e sinto que minha cabeça já não é mais a mesma...
Bergoglio nunca fez parte do clero progressista argentino. Padre Bergoglio entrou na hierarquia episcopal porque o cardeal latino-americano mais reacionário de todos os tempos, Antonio Quarracino, o quis e o protegeu até o fim.
Agora sentimos a necessidade urgente de reformar o exercício de poder do Papa, do primado petrino, a concepção do seu serviço à Igreja como “servo dos servos”.
O Papa Francisco terá o mérito, com a sua forma de ser Papa, de ter tocado o sino de alarme para o futuro da Igreja e para o próximo Conclave que parece estar cada vez mais próximo...
O próximo bispo de Roma deveria ser um bom pastor capaz de ler o mundo e toda a humanidade com categorias de pensamento religioso e espiritual; um pensador capaz de peneirar realidades e desafios socioeconômicos, político-geoestratégicos com fé e não o contrário.
Até agora Bergoglio se saiu muito bem, mas até quando?
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