Inácio nasceu na Casa-Torre de Loyola, em Azpeitia, norte da Espanha, em 1491. Batizado como Iñigo, era o caçula de 13 irmãos, filho de uma família cristã da nobreza rural.
Quando tinha 15 anos, ele se colocou a serviço de um ministro do Tesouro Real durante o reinado de Fernando de Aragão. Em 1517 seu protetor caiu em desgraça, e o jovem passou a servir ao duque de Nájera e vice-rei de Navarra, participando de vários combates militares.
Em sua autobiografia, Inácio relata que até os 26 anos foi um homem entregue às vaidades do mundo. Quatro anos depois, em 1521, durante um combate, Inácio foi ferido por uma bala de canhão que, além de partir sua perna direita, deixou lesões na esquerda. Esse ferimento foi fundamental para a mudança radical em sua vida. O que parecia ser uma grande desgraça se transformou numa grande graça!
No período de convalescência Inácio se dedicou à leitura de Vida de Cristo e dos santos. A partir daí, Inácio percebeu que as ambições mundanas lhe causavam prazeres efêmeros, enquanto a entrega a Jesus Cristo lhe enchia o coração de alegria duradoura.
Após sua recuperação, com um forte desejo de mudar de vida, ele decidiu partir para Jerusalém. Peregrinando para Montserrat (Espanha), doou suas roupas para um pobre e passou a usar roupa de pobre. Em Manresa (Espanha), Inácio abrigou-se em uma cova.
Vivendo como eremita e mendigo, passou por duras necessidades. Seu objetivo, contudo, era maior: queria ter tranquilidade para fazer anotações em um caderno que, mais tarde, iriam se transformar no livro dos Exercícios Espirituais.
Chegou a Jerusalém, e viver na terra de Jesus. Forçado a voltar a Espanha, sofreu perseguições e incompreensões que lhe fizeram perceber a necessidade de estudar para melhor ajudar os outros. Na universidade de París conseguiu agrupar alguns colegas, a quem passou a chamar de companheiros ou amigos no Senhor, primeiro esboço do que seria a Companhia de Jesus.
Em 1534, na capela de Montmartre, em Paris, Inácio e seis companheiros – Francisco Xavier, Pedro Fabro, Afonso Bobadilha, Diogo Laínez, Afonso Salmeirão e Simão Rodrigues – fizeram votos de dedicarem-se ao bem dos outros.
Um ano depois, os votos foram renovados por eles e mais três outros companheiros – Cláudio Jaio, João Codure, Pascásio Broet. A Companhia de Jesus (em latim, Societas Iesu, S. J.) foi aprovada oficialmente pelo Papa Paulo III, em 27 de setembro de 1540. No ano seguinte, 1541, Inácio é eleito Superior Geral desse pequeno gurpo.
Escreveu as Constituições da Companhia de Jesus e enviou seus companheiros em missão. Em 31 de julho de 1556, morreu em Roma. Foi canonizado em 1622.
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