Há muita distância
entre a veste e o coração,
entre o saber e o viver,
entre o parecer e o ser.
Apesar de Te seguir,
do que os outros.
Vez por outra
surge em mim um fariseu
satisfeito com as belas palavras,
ávido pelos olhares de aprovação,
sedento de honra mundana.
Mas entendo que eu
só poderei vir a ser
um mestre em humanidade
se admitir minhas ignorâncias,
um guia nas coisas espirituais,
se lamentar minhas cegueiras
um pai e doador de vida
se chorar minhas esterilidades.
Evangeliza então
Senhor que permanece Filho
esta parte de mim,
que ainda desconhece Tua Graça.
Só assim eu poderei saborear
a bênção da fraternidade,
a força da humildade
a dádiva do serviço
e participar da Tua alegria
em revelar o Amor do Pai,
que sempre exalta
quem ousa mergulhar
nas profundezas,
misteriosas e dramáticas,
de sua própria humanidade.
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