Hoje acordei pensado no meu amigo padre Juan Carlos R., 50 anos, religioso de uma pequena congregação, e que mora circunstancialmente sozinho, numa das periferias pobres do grande Buenos Aires.
Este homem é uma peça rara, pedra preciosa no meio do mundo clerical. Sempre de bom humor, apesar dos tiroteios de bandas contrarias, que disparam a matar, quando era pároco na periferia de Belford Roxo (RJ). Bandido não entra na Igreja a não ser quando é levado para o padre faxer suas exéquias, disse-me com pena.
Juan Carlos é também secretário da paroquia, jardineiro esporádico e, por vezes, um eximio cozinheiro, qualidades que nem todos tem oportunidade de experimentar e conhecer...
O Pe. Juanca, como é popularmente conhecido, é filho único neste momento, por isso cuida da mãe com mais de 80 anos e que mora sozinha na periferia de Buenos Aires. O superior do Pe. Juanca recém enviou dois religiosos para a sua comunidade, pois precisavam também de tratamento médico especializado. Foram dias de um vai e vem sem parar: médico para um, hospital para outro, e assim um dia e outro... Um dia recebí este email do padre: hoje estou triste, pois faleceu um dos padres que eu atendia...
Diante de temanha necessidade nunca me pediu dinheiro...
Certamente, pelas periferias mais perigosas de nossas cidades, também anda o Senhor ajudando e consolando, e por vezes até com uma comida gostosa preparada pelo senhor cura paroco ...
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